Entrevista da REVISTA TAL.
Pessoal Consegui para Divulgação a Entrevista da Revista TAL eu avia só postado a Capa mais aqui vai a entrevista.(OBS: Obrigado Karina e Editores da Revista TAL por passa a Entrevista)
Texto por " Karina Sbruzzy"
Fotos por " Flávio Jardim"
Thiaguinho, como é conhecido por nós, amigos, é uma
pessoa bacana, de bom coração, de uma inteligência
impar e, além de tudo, extremamente simples. Foi por
esses motivos que fizemos questão de tê-lo na CAPA desta
edição de um ano!
Conta sobre os seus vinte dias de “Europa” (ele havia
chegado há um dia da viagem que fez com sua mulher
Cristiane, sua Irmã e um casal de amigos).
“Passamos por muitos paises (Holanda, França, Alemanha,
Austria, República Checa, Hungria e Estados Unidos). Uma
experiência incrível, um sul americano como eu, em 2009
fotografando o muro de Berlim. Onde, em outros tempos,
isso seria impossível? Lugares lindos como Praga e Budapeste.
Documentei muita coisa, pra mostrar pro meu filho, pra
ele saber por onde seus pais passaram, enquanto ele ali já
boiava na mamãe...”
Muito empolgado como sempre, ainda mais quando fala das
suas viagens, ele resolveu mostrar as “mais de duas mil fotos”
que tirou, e ainda cedeu algumas para publicarmos aqui!
Com vontade de só rir e papear, tivemos que fazer um
esforço (entenda mega esforço) para voltarmos nossa atenção
à entrevista.
“Que legal ser a capa da edição de Aniversário,
to acompanhando toda edição da TAL, desde o início”.
to acompanhando toda edição da TAL, desde o início”.
Você fez teatro antes de ir para a TV?
“Eu fazia teatro na CAL (Casa das Artes de Laranjeiras), e
nessa época eu tinha também um grupo no curso do Antonio
Amancio. Montamos uma peca sobre o sambal, com uma hora
e quarenta minutos de duração. Era chata. Mas, na época,
era muito rica pra gente aquela pesquisa toda. Mais ate
que a própria encenação! Logo na sequência eu fiz o teste
para a oficina de atores da Globo e de lá comecei a fazer
participações. Fiz Malhação, Páginas da Vida, Eterna Magia
e A Favorita”.
nessa época eu tinha também um grupo no curso do Antonio
Amancio. Montamos uma peca sobre o sambal, com uma hora
e quarenta minutos de duração. Era chata. Mas, na época,
era muito rica pra gente aquela pesquisa toda. Mais ate
que a própria encenação! Logo na sequência eu fiz o teste
para a oficina de atores da Globo e de lá comecei a fazer
participações. Fiz Malhação, Páginas da Vida, Eterna Magia
e A Favorita”.
Como foi contracenar com atores e atrizes como
Patrícia Pilar, que é maravilhosa?
“É claro que trabalhar na TV me dá certa estabilidade por
eu ter um contrato com a Globo, mas eu considero que boa
parte do meu ‘ordenado’ é contracenar com essas pessoas,
porque aprendo muito, e vibro por estar ali com aquelas
pessoas, que sempre admirei e que ainda admiro... Hoje
mesmo o Chico Diaz me ligou, me convidando para tomar
um chopp. É um cara que eu adoro e fico babando. Quando
soube que ele ia fazer meu pai na novela (A Favorita), eu
fui pesquisar na internet e achei uma compilação de vídeos
dele no cinema. Não tem coisa que me dê mais prazer do
que trabalhar com essa galera”.
Das pessoas mais próximas que você contracenou, qual
é a que você mais admira como pessoa?
“O próprio Chico, Marcos Caruso, Natália Timberg.
A Natália eu não via aquela coisa de ‘eu sou a Natália
Timberg’. Eu só via nela uma pessoa disposta a me ajudar.
E me ajudou muito mesmo. Me dava aulas! A gente ficava na
sala de leitura antes de entrar em cena, ‘batendo texto’”.
A Natália eu não via aquela coisa de ‘eu sou a Natália
Timberg’. Eu só via nela uma pessoa disposta a me ajudar.
E me ajudou muito mesmo. Me dava aulas! A gente ficava na
sala de leitura antes de entrar em cena, ‘batendo texto’”.
Arquivo Pessoal ( Thiago Rodrigues)
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A quem da nova geração você tira seu chapéu?
“Tem uma galera muito boa, mas não posso deixar de falar do
Daniel Oliveira. Ele tem postura, faz muito bem os personagens.
Particularmente, gosto muito dele e acho que é um cara de relevância.
Às vezes, quando eu vou fazer um personagem, eu penso: ‘Como seria o
Daniel fazendo?’. Uma vez, numa palestra, a Eva Vilma disse que é bom
a gente ter alguém do nosso tempo, como referência.
Também admiro muito a Ana Paula Arósio, trabalhamos juntos em
‘Paginas da Vida’. Alias, a peça que mais me transformou foi uma
que ela fez - ‘Quando Nietzsche chorou’. Quando a assisti fiquei tão
emocionado, que quando faltavam 30 minutos para acabar, eu tive que
sair, de tanto que chorava. Um show do grande Cassio Scapin”.
Daniel Oliveira. Ele tem postura, faz muito bem os personagens.
Particularmente, gosto muito dele e acho que é um cara de relevância.
Às vezes, quando eu vou fazer um personagem, eu penso: ‘Como seria o
Daniel fazendo?’. Uma vez, numa palestra, a Eva Vilma disse que é bom
a gente ter alguém do nosso tempo, como referência.
Também admiro muito a Ana Paula Arósio, trabalhamos juntos em
‘Paginas da Vida’. Alias, a peça que mais me transformou foi uma
que ela fez - ‘Quando Nietzsche chorou’. Quando a assisti fiquei tão
emocionado, que quando faltavam 30 minutos para acabar, eu tive que
sair, de tanto que chorava. Um show do grande Cassio Scapin”.
Eu não vejo muito a mídia em cima de você. Você acha que é porque
você também é um cara humanizado, como essas pessoas que você citou?
“É quase uma militância para mim ser o mais simples possível, porque
eu não curto essa coisa da galera se aproveitar do ‘ser ator’. Usar isso
como plataforma para fazer propaganda, ficar fazendo barganha ali e
aqui. Isso me deprime. Quando eu era moleque eu tinha um sonho de
ser ator, e ser famoso mesmo, curtir essa vida. Mas eu sinto que eu
cheguei nesse sonho e agora preciso elaborar esse sonho, porque não
é só isso. É como brincar de lego. Tenho que ir construindo, senão fica
chato. Eu fico bestificado com as pessoas que não têm essa missão. Têm
a oportunidade de estar onde muita gente legal quer estar, e usam a
fama para ficar expondo a vida. Eu não sou contra, mas faço questão de
deixar claro que eu não sou ‘farinha do mesmo saco’. Sabe o que é pior?
Pior que isso tudo? Eu pensar nisso...”
Você já fez cinema?
“Fiz com a Heloisa Perisse, “O Diário da Taty”, um filme para crianças.
E estou fazendo de tudo para conhecer as pessoas dessa área e dizer: ‘Eu
sou legal’ (risos). O meu movimento neste momento é esse. Eu escrevo
muito roteiro de curta metragem e tenho vontade de produzir também.
Antes de começar A Favorita, nós estávamos fazendo umas reuniões aqui
em casa, ia montar meu primeiro curta, mas começaram as leituras para
a novela. Então... agora que estou voltando. Com calma vou amadurecer
outros pontos, que vão me ajudar. Eu vou ser pai agora”.
Pois é, e o que você está achando de ser pai?
“Estou achando o máximo. A Cris está com seis meses, o bebê nasce
em junho. Ontem veio todo mundo aqui em casa ver a ultra-sonografia.
Eu fiquei ali no canto, pensando: ‘Caraca, minha avó vai ser bisavó!’.
Eu perguntei pra minha mãe se ela não acha estranho me ver mostrando
a ultra-sonografia do meu filho, e ela disse que sim. Está sendo uma
renovação, porque na minha família ninguém nasceu nos últimos dez
anos. Nascer alguém agora é um evento!”
Você se imaginava pai aos 28 anos?
“Não. Por outro lado sempre tive a certeza da minha vocação para
pai. Sabia que, quando isso acontecesse, ia ficar amarradão”.
Quando uma pessoa já tem filhos, a gente pergunta o que ela mais
ama e, é claro, ela diz que os filhos. Enquanto o seu ainda não nasce,
o que você mais ama na vida?
ama e, é claro, ela diz que os filhos. Enquanto o seu ainda não nasce,
o que você mais ama na vida?
“Curtir a minha individualidade. É até meio egoísta, mas gosto de
viajar, curtir com meus amigos, dividir histórias. Gosto de ficar com a Cris
aqui em casa, vendo filmes, e sair pra comer também. Adoro tudo isso do
meu ponto de vista. Sou caseiro. A mulher diz: ‘Antigamente você era
mais animado’, e eu digo: ‘Antigamente eu era solteiro’ (risos)”.
Você é de que signo? Você acredita em astrologia?
“Sou virginiano e acredito sim. Fico chocado com a astrologia, como
bate! Tenho ascendente em escorpião e a lua em gêmeos. O Caetano
(O’maihlan, ator, nosso amigo em comum), por exemplo, é leão. Como
alguém vai dizer que ele não é leão?”
Quando a coisa “aperta” em sua vida, você reza?
“Não. Eu fico aqui, me deprimo, passo tudo que tenho que passar,
como acho que é honesto e digno. Ninguém me prometeu, quando eu
nasci, que ia ser tudo as mil maravilhas, que ia ser incrível e que essa
vida seria muito legal. Eu sou meio estranho pra religião. Às vezes eu
penso que se eu fosse religioso, seria meio ignorante, porque ignoraria
várias coisas que são para mim, como provas laboratoriais. Não creio
que, no meio de toda essa mitologia, haja alguma próxima da ‘verdadeira
verdade’. Acredito que uma planta, se regada, cresce, senão...”
Você engordaria vinte kilos para fazer um personagem, como fez o
Robert De Niro?
“Ele certamente deve ter faturado uns 20 milhões de dólares para
fazer isso. Mas acho que não vale a pena. Aliás, acho que por 20 milhões
de dólares vale a pena sim, porque depois eu posso me tratar. Hoje tudo
gira em torno do dinheiro, e se você não tem, fica para trás em muitas
coisas. O Rodrigo Santoro, por exemplo, se experimentou muito. Fez
travesti, ultrapassou essa coisa de vaidade. Ele deve estar amarradão
nesse momento da carreira dele, fazendo o irmão do Fidel Castro no
cinema. Coisas que devem ser muito prazerosas para um ator. Sou fã
Você tem vontade de construir uma carreira internacional?
“Tenho, mas vi uma entrevista do Lazaro Ramos e achei legal o que ele
falou: ‘Me ofereceram um papel de amigo do amigo do amigo, na cena oito,
num filme em Londres’. Depois de tantos trabalhos grandes que esse cara fez
aqui, há a necessidade de aceitar esse papel só para dizer que fez um filme
lá fora?”
Você faz “presença” em festa?
“Faço. Talvez se um dia eu fizer por onde, e for muito bem
remunerado, tudo bem. Mas hoje, esse tipo de trabalho compõe meu
orçamento. Então, se eu posso ir e ficar num evento uma hora, e me
pagam para isso, é claro que eu vou. Eu não pagaria para ninguém ficar
uma hora no meu evento (Bom, um show do Lobão no meu aniversario,
eu pagaria) mas eu não sou idiota. Não estou roubando ninguém. A não
ser que seja alguma coisa que me viole, ou para uma instituição que eu
considere bizarra. aí eu não faço!”
Qual foi o maior mico que você já pagou?
“Eu tinha acabado de sair de Malhação. Estava voltando de uma
viagem que fiz para fora do país, no aeroporto de Guarulhos, na sala,
esperando meu vôo para o Rio. Ai entra uma caravana de umas 300
crianças e aí já viu. Tive que ser o amigo da galera. A molecada de
uns 15 anos, fazendo aquelas brincadeiras que eu certamente faria se
estivesse no lugar delas. ‘Ae viado!’ E se escondiam. Ai eu falava para
eles: ‘Vem aqui falar comigo, eu sei que é você. Não faz isso que fico
constrangido’. Ai vinha do outro lado: ‘Ae viado!’
Não sei se chega a ser um mico, mas fiquei bem envergonhado”.
MARÇO/ABRIL de 2009
ANO 02 - Edição 06
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